“Não julgue para não ser julgado”. Frase muito falada, mas pouco executada. A gente tem disso, né? A gente gosta de frases de efeito, cheias de boas ideias, que nos fazem parecer melhores diante dos outros. Parecer.
E a prática? De que adianta falar e não fazer? E olha que isso é o que acontece com mais frequência.
Julgamos tudo. Julgamos sem conhecer e julgamos por conhecer demais. Julgamos baseados em preconceitos e julgamos por ações repetidas.
Se ela trabalha ali, com certeza é assim. Se ele fez uma vez, claro que vai fazer de novo. Será?
Gente é coisa complicada. Gente é imprevisível. Gente muda. Muda principalmente para se adaptar. Deve ser instinto, questão de sobrevivência.
Mesmo assim, julgamos e, pior, condenamos. Escrevo no plural porque isso não é coisa de um ou outro. Somos assim. Todos nós.
E não me venha com aquela de “eu não julgo, pois cada um faz ou é o que quer, respeito todo mundo”. Mentira. Você julga sim. Talvez não pela roupa ou por estilo de vida, mas julga por atos, conceitos pré-formados e informações mal recebidas.
Você julga a mulher no trânsito e já acha que ela é ruim no volante e deveria “pilotar fogão”. Você julga o homem que cuida do cabelo e garante que “macho que é macho não faz isso”. Você julga o colega por uma fala atravessada sem saber dos motivos dele para isso. Você julga um batom vermelho, um vestido apertado. Você julga. Nós julgamos.
E quando o julgamento muda de lado? De juiz a réu, a história é outra. Aí, voltamos ao famoso não julgar para não ser julgado. E por que não pensou nisso antes? Dói quando o lado é outro, né?
Assim, vamos vivendo. Julgamos e somos julgados.
Como lidar com isso é outra história.
Mas refletir sobre isso, ah, isso deve ser agora!
Marina Messias
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