Lalú – a menina que não sabia de nada em: A Teoria do Avestruz - parte 1


Lalú, uma mulher de 30 e poucos anos, sempre foi líder em tudo que fez, ou assim pensou que era, carismática, popular, represente e porta voz dos fracos e oprimidos. Na escolinha, já mostrava seu lado esquerdista, quando fez greve e paralisou as atividades de colorir, para que voltasse ao cardápio do lanche o famoso bolo de chocolate com suco sabor surpresa do Chaves.

Na escola, até a quarta séria, já era líder, da bagunça às reclamações contra professores. Sua mãe, Dona Humilde, ia na escola todo santo dia representar a filha contra os desmandos da aristocracia e burguesia dominante, assim chamava os professores e diretora da escola. 

Dando um salto, já no ensino médio, Lalú, não precisava mais da mãe para ser porta voz da classe, sabia bem como fazer um discurso. As maiores revoltas estudantis já vistas na história do colégio, foram feitas pela garota, uma verdadeira “Antônio Conselheiro” em uma Canudos escolar. Os mais notáveis feitos da garota: a greve geral da escola em que alunos não foram à aula em protesto ao aumento da carga horária das aulas e o cancelamento de atividades recreativas como educação física e aula de batuque; o ato de assistir um dia inteiro de aula calada e virada de costas ao quadro negro somente por um professor enaltecer o capitalismo em face de ditadores comunistas. 

Assim Lalú cresceu, foi universitária guerrilheira, uma verdadeira soldada no Diretório Acadêmico da faculdade, suas principais funções: incentivar greve, fazer festas, fazer cotas para fazer mais festas, reclamar de Deus e todo mundo na faculdade e ser comunista, mesmo só andando de carro e sempre morando em condomínios de luxo. Seu curso, ciências sócias, pois assim como todo bom líder, conhece os problemas de seus súditos, perdão, de seu povo. 

Na política, fruto de um trabalho árduo no DCE da faculdade, acabou virando deputada e líder do partido, sua principal função: ser popular e atrair votos para os demais membros do partido. Ante toda essa trajetória, tinha uma pedra no meio do caminho, desde a pré-escola, Lalú nunca sabia de nada, reclamava, era líder, falava às massas, mas, nunca sabia de nada, vivia envolta a “colegas”, que a colocavam a par de tudo. 

Já na política, aquele que se recebe para exercer, Lalú em meio a um escândalo político de desvio de verba, foi chamada para depor em uma CPI. Como nunca sabia de nada, invocou a Teoria do Avestruz, por que não?

Vamos aos fatos, a Teoria do Avestruz é real e explicita bem a atitude dos líderes, pois, nunca sabem de nada, dizem sempre nunca ter visto nada, ouvido nada, tomado conhecimento de nada, são inocentes. Em meio a uma crise, esconde a cabeça e esperam os problemas se resolverem e assim poderem voltar a ser os grandes líderes que às massas burras pedem, os que são bons de papo e sabem convencer, sem contudo, melhorar as vidas de seus representados.

As aventura de Lalú ainda não terminaram. Terão mais por aí.


Marcus Campolina

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