Da calçada

Uma casa muito quente, 
pipoca de micro ondas, 
o colchão no chão sem lençol, 
uma jarra de suco aguado, 
o teu sorriso frouxo do meu lado esquerdo, 
incomodar os vizinhos.


Aquele riso que você sempre colocava a mão rosto, 
um riso tão gostoso que eu queria poder guardar.


Vários bilhetes escritos em pequenos pedaços de papel. 
A tua mania de sempre se arrumar na última hora, 
o teu rosto de quem tinha acabado de sair do banho.


Voltar pra casa de mãos dadas, 
receber um beijo seu no portão.
Eu insisto nas pequenas coisas, 
eu queria as velhas coisas.

Andresa Alvez

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