A despedida de hoje é algo certo
A partida cujo destino não tem volta
A compra do bilhete de embarque só de ida
A certeza de que lá ninguém pode voltar
Perdemos todos os dias horas, segundos e minutos
No próximo não ganhamos nada, só continuamos a perder
Ao tempo certo ou provocado o contador vital para
Não há mais perda, nada mais existe
Vivemos com alguém uma semana
Duas a conhecemos melhor
Na terceira não somos mais nada
Metáfora de duas metades de um século
Um ente querido se vai, o não querido fica
Uns entendem que foi uma dádiva
Outros, puro castigo aos que ficam
Mas quem foi não volta jamais
O tempo que perde se transforma
As horas perdidas se transformam
Um dia o tudo se transforma
A certeza certa não sabemos
A Incerteza incerta também não
Uns escolhem, outros esperam
Certo é que um dia o tempo acaba
Como um panda que um dia disse a alguém
Que hoje já não o escuto.
O fim está próximo
Está aqui, não lá
O fim somos nós, eu e você.
Marcus Campolina
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