Ponto X

Baguncei seus cabelos ao puxar a camiseta, jogando-a longe dali.
Os olhos estavam ainda menores com aquele sorriso armado nos lábios.
Beijei os ombros nus e brancos, passei meus dedos por sua nuca, tateando a corrente que vive escondida, escorreguei minha mão até chegar no pingente, e colocar o mesmo exatamente no meio do seu peito.
Seus braços envolveram meu tronco, causando um leva arrepio.
Deixei a atenção dos ombros e pescoço de lado para poder olhar seu rosto, medir milimetricamente cada pequeno espaço, guardar aquela expressão, fotografar em minha mente exatamente tudo do jeito que estava naquele instante.
Ele era um pequeno tesouro que se escondia em algum lugar desse vasto mundo, bastava decidir se eu era sortuda ou não por ter encontrado dessa forma.
Com todas as histórias antigas eu havia formado mapas, em busca de algo valioso, algo durável.
O "X" no fim do mapa estava bem ali, bem nos meus braços.

Andresa Violeta Alvez

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