Novo Sabor

Mas eu odiava maionese! Aqueles sachês que vinham junto com a comida que eu pedia sempre iam direto para o lixo!
Não gostava também de inverno, por Deus! Estação feita pra deixar minha pele seca!
Mas a gente se adapta. Querendo ou não. No meu caso, querendo muito.
“Influenciável” não é a palavra de ordem aqui.
Desse lado, a gente só se abre pro novo, mesmo que esse seja experimentar uma comida ou se permitir a ouvir um gênero musical até então desconhecido.
A gente aprende um com o outro. Frase mais clichê não existe, porém, mais verdadeira também não.
Troca de roupa, de cabelo, de ar. Faz de tudo um pouco. Junta os dois e coloca numa bolha, melhor assim!
Adaptar-se também condiz em largar certas coisas.
Deixa cair as músicas que não fazem sentido, aquelas pulseiras coloridas e o cabelo comprido demais. Entra em umas neuroses mais sai de outras.
É desse jeito que a gente vive. Que a gente tenta viver.
Compra vários potes de maionese, paçoca, joga uns cd’s fora, compra uns novos.
Larga a velha vida, muda o nome, enlouquece. Dessa vez, vale a pena.

Andresa Alvez
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