Lembro-me muitíssimo bem dele. Chegou como um intruso na minha sala. Com seus tênis de marca, relógios importados, cabelo claro, sorriso de menino e os lábios que eu mais senti vontade de morder durante toda minha vida.
Eu? Uma menina de quinze anos com nenhum atrativo físico, e sejamos sinceros, o externo conta até demais...
Os toques começaram nas pontas dos dedos, e quando me dei conta, sentávamos lado a lado. Ele subia as escadas comigo, me abraçava forte, dividíamos a mesma mesa, me pedia pra cantar pra ele.
Meu primeiro Amor. Chegou sem pedir licença, foi um intruso, roubou meu coração e nunca mais devolveu.
A vida deu as suas voltas, o que eu senti por ti me fez cair, me fez adoecer.
Hoje, somos estranhos. Você me abraça rápido, não me chama mais de “Amor”, tem medo de qualquer coisa que possa acontecer entre nós dois.
Mas eu sempre me lembro dos telefonemas, dos teus carinhos no meu rosto, de como eu adorava te ajudar nas tarefas escolares, de como seus olhos ficaram úmidos ao ver que naquela manhã de dezembro eu fui embora para nunca mais voltar.
Bem, eu tentei voltar. Tentei entrar na sua vida. Mas parece que você não me quer lá, não da maneira que eu quero e que eu preciso estar.
Serás pra sempre meu Anjo, não importa o que tenha acontecido. Sempre te verei com olhos de menina. Sempre me lembrarei de você como o Meu Primeiro Amor.
Primeiro. E talvez único. Mas só “talvez”...
Andresa Alvez
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