Nossa Física

Deu-me um de seus beijos. Aqueles simples, singelos, que a gente dá em público.
Vindo dele, parecia um beijo cinematográfico, sempre dado de olhos fechados, e com tanto Amor quanto um beijo “desentupidor-de-pia”.
Abraçou-me, daquele jeito simples. Segurou minha cintura, coisa que eu odeio que façam, exceto ele. Pousou a cabeça em meu ombro, e ficou ali.
Era minha criança, era minha vida. Era o meu mundo todo bem no meio dos meus braços.
Ai Saudades! Falta dessa “melação” toda, dessa doçura. Dessa coisa de não se desgrudar. Dessa coisa que os outros odeiam mas que nós Amamos.
Ficou assim, quase dentro de mim, por um tempo que eu achei melhor não contar, mas que eu preferia que durasse pra sempre.
Tudo era tão simples. Para os outros, poderíamos ser mais um casal desses que a gente esbarra na rua num dia qualquer.
Somos simples, mas algo entre nós acontece que não tem explicação. Que nós não conseguimos explicar.
Como essas contas de física, que você apenas faz, porém, não sabe de onde ela veio, nem como surgiu. Alguns até arranjam histórias e tentam entender, mas não, simplesmente não dá.
Somos assim, uma conta de física. Não tente entender, pois nós dois já desistimos disso.

Andresa Alvez

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