Frio em Minas


Horácio, meio ressabiado, em uma manhã de maio, decide colocar sua jaqueta e fazer sua caminhada típica até o centro da cidade de Belo Horizonte. A sua parada primária é no Café Nice, típica cafeteria inaugurada em 1939 e resistente aos anseios do mundo moderno.

Horácio, ainda com a jaqueta, percebe que em plena primeira semana de maio, às 7 horas da manhã, as pessoas que andam correndo e atravessam apressadas as ruas ainda não estão com frio. Coçando a cabeça e já suado ele toma seu café, proseia com os amigos e, claro, come um pãozinho de queijo.

Ao se despedir dos amigos, sente uma leve brisa e sai à sua procura até chegar no Parque Municipal. Em meio às árvores, finalmente tira a jaqueta e, apesar de não sentir frio em pleno maio, sabe que a brisa é apenas um sinal de que Minas Gerais, mais especificamente Belo Horizonte, não está mais fria. 
A sua conclusão final, apesar de várias declarações ouvidas no rádio, porque televisão ele não assistia, feitas por cientistas renomados, ele afirma 
- Belo Horizonte está sim quente, mas pelo calor que emana dos mineiros que não conseguem mais parar para tomar um cafezinho, bater um papinho e comer um pãozinho de queijo. 

Marcus Campolina

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