É de quebrar coração de vidro
É de secar a inocência no rio da vida
É de fazer sombra no que antes era luz
Eles querem ser donos do mundo, e são
Eles querem domar leões e cervos, e domam
Eles querem poder, dinheiro, ouro, e conseguem
Eles querem a si acima de tudo, e lá chegam
Pobre de quem está no caminho (inseto)
Pobres almas à beira da estrada (penadas)
Pobres dos que não se dão conta (absortos)
Pobres flores pisoteadas (por gigantes)
E nunca houve escudo ou abrigo
E nunca haverá fim nesse sofrer
E nunca antes foi diferente
E nunca será enquanto o mundo girar
Pois para o mandante há quem obedeça
Pois para cada explorador, haverá um explorado
Pois para tudo existe seu oposto complementar
Pois a vida é assim e não muda jamais
Repete-se o começo, independente do fim
Repete-se o ciclo, sempre foi assim
Repete-se a forma, o conteúdo, a sorte
Repete-se, no fim da vida, a árida morte
Celso Garcia
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