Gratidão!


Eu poderia agradecer? Sim, agradecer. Se vai soar hipócrita? Sim, vai. Mas, eu não me importo. Não me importo porque a minha fé é bem maior que o seu pensamento a respeito do que eu digo ou irei dizer...
Bem, eu queria agradecer por ter vida. Vida fora e dentro de mim. Ar nos meus pulmões e pernas razoavelmente boas para caminhar.
Queria agradecer por poder ver, e por ter braços longos para abraçar quem eu Amo. Queria agradecer por que apesar dos pesares, eu ainda tenho esperança e um pouco de paz guardada para momentos de emergência.
Queria agradecer por ter chão pra pisar, e mesmo às vezes ele sendo irregular, eu ter (pouco) equilíbrio para estar sob ele.
Queria agradecer pela proteção, tanto a Divina, a Paterna e aquela que vem das almas que se entrelaçam a minha.
Queria agradecer por ainda conseguir chorar, por sempre me levantar, mesmo que demorasse. Por nunca, mesmo nas piores fases da minha vida, desistir de lutar.
Queria agradecer por falar. Falar pelos cotovelos! E mesmo com uma dicção errada, conseguir ajudar os outros com minhas tortas palavras.
Queria agradecer por quem me lê, porque não me deixa, e por ter pessoas que eu nunca deixaria.
Aprendi com a minha mãe, que em momentos de aflição, sempre, SEMPRE devemos lembrar-nos de agradecer.
A tristeza dura uma noite. Uma noite longa, vazia, fria, perturbadora e que trás medo. Mas ela passa. E no final, lá onde seu olhar quase não consegue alcançar, dá de ver os primeiros sinais de um dia, de uma luz sem igual.
E essa luz fica, seca as lágrimas, esquenta, abraça, envolve. E faz então, o medo passar. Agradecer faz as coisas ruins parecerem pequenas, dissipa as nuvens tristes. Agradecer faz a noite passar depressa.
Eu sei que a situação não é daquelas que faz a gente sorrir. Mas, agradecer nos faz lembrar que nós ainda temos alguma coisa, e que devemos ser gratos de coração por tê-la.
Que soe hipócrita, eu não me importo. Agradecer faz o mal passar, e me faz lembrar que Alguém me Ama, tem compaixão e não se esquece de mim.

Andresa Alvez

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